terça-feira, 9 de outubro de 2012

MÉDICOS INTERROMPEM OS ATENDIMENTOS A PLANOS DE SAÚDE.


Descumprimento de contrato e baixa renumeração são um dos motivos para a suspensão das consultas médicas.


O Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed) vai paralisar os atendimentos de todos os planos de saúde a partir de quarta-feira (10). Profissionais de outros estados brasileiros também suspenderão as consultas médicas.

No dia da paralisação, os médicos potiguares realizarão uma manifestação na Praça 7 de Setembro, que fica em frente a Assembleia Legislativa (AL), e às 19 horas, será feita uma reunião na sede estadual da Associação Médica Brasileira (ABM).

Durante a assembleia, os profissionais discutirão se eles vão continuar com a paralisação geral. Eles também podem optar em interromper os serviços de alguns planos ou realizar uma negociação.

“A interrupção [das consultas] é uma forma de chamar atenção dos empresários para abrir as negociações”, justifica Geraldo Ferreira, membro do Sinmed e presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam). Ele garantiu que os serviços de emergência vão continuar normalmente.

De acordo com presidente do Fenam, as interrupções acontecerão por motivos de autonomia, renumeração e descumprimento de contratos.

Ferreira disse que os planos de saúde pagam em torno de 30 a 40 reais por cada consulta. Além disso, eles tiraram a autonomia dos médicos, uma vez que as operadoras estão limitando os atendimentos, realização de exames, internações e deixando pacientes insatisfeitos.

A Associação Paulista Médica (AMP) e o Instituto Datafolha apontam que 420 pacientes residentes do estado de São Paulo já realizaram queixas sobre a demora no atendimento e as dificuldades que os serviços de saúde colocam.

As principais reivindicações são: reajuste dos honorários de consultas, inserção nos contratos de critérios de reajuste (com índices definidos e periodicidade, por meio de negociação coletiva), inserção nos contratos de critérios de descredenciamento, resposta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e fim da intervenção antiética na autonomia da relação médico-paciente.

No dia 02 de outubro, os presidentes da Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (FENAM) encaminharam um comunicado ao Ministério da Saúde e as operadoras sobre a realização do protesto.Fonte: Nominuto.
 

 

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