Políticos de Estados do Nordeste travam
uma batalha nos bastidores pelo comando dos recursos federais destinados
ao combate aos efeitos da seca. A disputa envolve as ações do
Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs) e da Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), os
dois principais órgãos do governo federal que atuam nessa área e que
têm orçamentos bilionários para 2013. O Dnocs dispõe de R$ 1,1 bilhão; a
Codevasf, de R$ 1,5 bilhão.
O Dnocs vive um momento de sucateamento e
esvaziamento político, o que alimenta entre os partidos que têm cargos
no órgão o temor por sua extinção ou absorção pela Codevasf. As ações
contra a seca têm forte impacto eleitoral e a utilização dos recursos
mobiliza os políticos da região. O presidente da Câmara, Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN), é o principal interessado em conter o
esvaziamento do Dnocs.
Ele é o padrinho do atual presidente,
Emerson Fernandes, e tem usado a importância do cargo que ocupa para
cobrar do governo federal o fortalecimento da autarquia. Alves já cobrou
dos ministros Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) e Miriam
Belchior (Planejamento) um compromisso de que o departamento não será
fechado nem transferido para Brasília, como defendem alguns técnicos. A
sede fica em Fortaleza (CE).Fonte: Jean Carlos
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